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Bock Robotics: O QUE MUDOU NA ROBÓTICA NOS ÚLTIMOS 15 ANOS

Muitos ainda associam robôs à substituição de empregos, como visto no remake de A Fantástica Fábrica de Chocolates de 2005, onde um braço robótico demite o pai de Charlie.

  bockrobotics.com
Bock Robotics: O QUE MUDOU NA ROBÓTICA NOS ÚLTIMOS 15 ANOS

Muita gente ainda associa robôs à ideia de substituição e perda. Quem assistiu ao remake de A Fantástica Fábrica de Chocolates, lançado em 2005, talvez se lembre da cena em que o pai de Charlie perde o emprego para um braço robótico numa fábrica de pastas de dente. Aquela cena refletia um medo real: as máquinas tirariam realmente os nossos empregos?

Quase duas décadas depois, o que vejo no chão de fábrica é diferente. A robótica evoluiu, sim, mas no sentido de ampliar capacidades humanas e não apagá-las. Hoje, robôs colaboram com operadores, interpretam imagens, tomam decisões técnicas e evitam riscos. Onde antes havia competição, há agora parceria. E isso muda tudo.

Quando comecei a programar robôs industriais, ainda era comum ouvir que essa tecnologia era “coisa de filme” ou privilégio de grandes montadoras. Quinze anos depois, ela está espalhada por setores diversos, do agronegócio à indústria farmacêutica, da logística à produção de alimentos e não só otimiza processos como redefine a maneira como pensamos o trabalho.

Trabalhei em fábricas da Alemanha, Argentina e Brasil, sempre com foco em automação de alto desempenho. Vi de perto como a robótica saiu da repetição para a inteligência. Um robô de solda hoje não apenas executa movimentos com precisão, ele ajusta parâmetros em tempo real com base em sensores e sistemas de visão computacional. Uma câmera acoplada à máquina não só enxerga, mas interpreta e isso transforma a lógica da operação.

Na Bock Robotics, por exemplo, desenvolvemos soluções em que a máquina não substitui o humano, mas colabora com ele. Robôs compartilhando o mesmo espaço que operadores, com segurança e fluidez. Menos isolamento, mais integração. Esse conceito ganhou força com os cobots, que rompem a ideia de “ilha de automação” e entram diretamente no ritmo da produção.

Outro ponto de virada foi a acessibilidade. Há quinze anos, montar uma célula robótica era um investimento milionário. Hoje, com a miniaturização dos sistemas e o avanço da conectividade, pequenas e médias empresas já conseguem automatizar etapas críticas com retorno rápido. Isso abriu espaço para inovação em setores antes pouco explorados e no campo, especialmente, a automação agrícola vive uma revolução silenciosa, moldada às características do solo, do clima e da rotina rural brasileira.

É claro que os desafios seguem presentes: mão de obra qualificada, integração entre sistemas, atualização de software, conectividade em regiões mais afastadas. Mas o que mais vejo, no fundo, é uma mudança de mentalidade. Aos poucos, a automação deixa de ser vista como custo e passa a ser compreendida como investimento estratégico.

Mais do que máquinas sofisticadas, a robótica atual entrega eficiência, segurança, sustentabilidade e inteligência aplicada. E essa combinação tem valor real, tanto em produtividade quanto em impacto social. Hoje, vejo robôs que se adaptam, que aprendem e que ajudam pessoas a trabalhar melhor. Não é mais sobre o futuro e sim sobre fazer o presente funcionar com mais precisão, rapidez e menos desperdício.

www.bockrobotics.com

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